Sobre o Livro



Sem a preocupação de enquadrar-se em um manual, “M3: Mulher, Mãe, Moderna” mistura bom humor, anedotas do dia a dia e muita sinceridade em crônicas assinadas pelas jornalistas Elizângela Carvalho e Clarissa Carvalho. Estreia literária da dupla, o livro terá pré-lançamento no Bate-papo do Salão do Livro do Piauí na terça-feira, 18h30, e lançamento no Palácio da Música dia 7 de junho a partir das 19h.

Que atire a primeira pedra aquela que nunca parou em frustração e pensou que estava fazendo tudo errado com os filhos.

Foi exatamente vivendo o dia a dia de uma mothern (mãe+moderna), que as jornalistas Elizângela Carvalho e Clarissa Carvalho perceberam que a idealização da maternidade estava longe da realidade. “A mídia feminina não refletia essa mulher que nós e as mulheres que conhecemos são, tão diferente dessa criatura perfeita e bem resolvida que é a mulher da revista Nova ou Cláudia”, aponta Clarissa. Por isso, nos textos de “M3: Mulher, Mãe, Moderna” o retrato é outro. “Falamos de uma mulher que não tem as respostas, que não quer se cobrar tanto, que vacila de vez em quando, que se frustra”, completa a jornalista.

As crônicas, publicadas originalmente no caderno Metrópole, do Jornal O Dia, enfocam a criação de filhos, rotina familiar, profissão e principalmente como mães modernas conseguem conciliar tudo isso. “Ser uma mãe moderna é nunca conseguir seguir o script do dia-a-dia. É sempre querer horas a mais no relógio. É sempre achar que não vai dar conta. É aprender a improvisar. É viver correndo. É nunca parar. É tentar equalizar as pressões. E ainda ser feliz assim, e só assim”, assinala Clarissa.
Quem vê a dupla trabalhando percebe que o temperamento de uma complementa o da outra, e é esse o grande diferencial dos textos do livro, fazendo com que as linhas encontrem ressonância em outras mães. Enquanto Clarissa tem uma visão mais crítica e intensa das situações, Elizângela se mostra mais diplomática e dosada. “Muitas vezes discordamos desde a escolha do tema da semana. Às vezes tratamos do mesmo assunto sobre dois pontos de vista: o meu e o dela. Alguns dos textos foram escritos só por mim ou só por ela, embora estejam assinados pelas duas, e é engraçado que os leitores da coluna sabem quando é uma ou outra”, explica Clarissa.

E, para quem acredita que “mãe é tudo igual”, Elizângela responde: “Temos preocupações comuns, conflitos comuns e até crises existenciais comuns. No entanto, não dá mais para homogeneizar os sujeitos. Temos a plena certeza de que somos diferentes porque a experiência de cada uma é diferente. Cada ponto de vista mostra um olhar a partir de um ponto”.

Com o patrocínio da Faculdade Santo Agostinho através do incentivo da Lei A. Tito Filho, da Prefeitura de Teresina/Fundação Cultural Monsenhor Chaves, “M3: Mulher, Mãe, Moderna” conta ainda com as belíssimas ilustrações de Gabriella Navarro, design gráfico de Josélia Neves, prefácio do professor Cineas Santos e apresentação da jornalista Samanta Castelo Branco.